MAL TRAÇADAS LINHAS
Abro a caixa. Dentro dela há um pedaço marcado de papel com minha caligrafia e um punhado de sentimentos. "Ao acabar de ler, o queime" assim ao fim dizia. Com os olhos marejados, minha alma sente e meu coração encerra.
Nas labaredas do fogo o pedaço que era meu se torna cinza e se esvai levado pelo vento. Do pó e das palavras que um dia escrevi o universo e sua imensurável sabedoria me recomeça com uma primeira, grande lição, é preciso aprender a não ser tão só.
Sobre a autora:

Angélica Erd é acadêmica do curso de Psicologia da Uri Campus Santiago e integrante do Grupo Mutações Poéticas.
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